24 março - como armazenar alimentos

Convidamos a Sueli Reguin para contar-nos sobre as técnicas de armazenamento de alimentos que ela utiliza em sua casa.

O que nos motivou trazer esse assunto foi o terremoto no Chile há poucos dias atrás e o saque aos supermercados e às casas de família que aconteceu lá porque as pessoas não tinham comida em casa. Parece filme de ficção, mas foi aqui no país vizinho.

Sueli disse que o armazenamento é uma forma de prevenção, mas também faz parte de um conjunto de ações de autossuficiência de uma pessoa ou família, que compreende: ter alimentos em casa, horta caseira, evitar dívidas, fazer exercícios físicos para manter a saúde e o fortalecimento emocional e espiritual. Ela aprendeu essas coisas na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

No Brasil temos pouca probalidade de ter esse tipo de desastre, mas podemos estar sujeitos a perder o emprego ou ter gastos inesperados para cuidar da saúde. É o que aconteceu com a Sra. Martins, com quem gravamos uma entrevista para o programa. Ela contou que quando a empresa onde seu marido trabalhava faliu, até conseguir outro emprego demorou 8 meses e mais outros tantos meses para receber os salários atrasados. Enquanto isso, a família deles e mais outra família comeram dos alimentos armazenados e nunca faltou nada, nem docinho para as crianças porque ela tinha muitas latas de leite condensado!

Assim, cada família deve listar os alimentos preferidos e começar a armazenar aos poucos. Primeiro, armazena-se para ter alimentos para uma semana, duas semanas, depois para um mês, 3 meses, até um ano. É importante incluir o armazenamento de água, roupas, combustível e produtos para higiene e limpeza. Alimentos vivos em uma horta caseira e um galinheiro é importante na medida do possível.

Agradecemos à Sueli por participar de nosso programa e contribuir com suas experiências.

Chamamento 2010: Programa Paraná Alfabetizado

(da esq p/dir - Marina, Irene, Lilian, Valdir)

Nossos convidados foram: prof. Irene Cim, da Documentação Escolar do Estado, prof. Lilian da Silva Rocha e Valdir Duria, coordenadores do Paraná Alfabetizado em São José dos Pinhais. Conversamos sobre a importância de ser alfbetizado em nossa sociedade e do primeiro passo que uma pessoa acima de 16 anos que não sabe ler nem escrever pode fazer para se alfabetizar: participar do programa Paraná Alfabetizado. Trata-se de um curso do Governo do Estado do Paraná, com duração de 8 meses, coordenado pela Secretaria de Estado da Educação, desenvolvido em parceria com o MEC/SECAD/Programa Brasil Alfabetizado· As aulas são ministradas por alfabetizadores voluntários que recebem uma bolsa auxílio de R$288,00. Segundo o IBGE (2000), na região sul do país a média de analfabetismo é de 7,7% (uma das melhores do país), sendo o Paraná o estado com maior índice (9,5%), comparado com Santa Catarina (6,3%) e Rio Grande do Sul (6,7%).

Uma pessoa analfabeta torna-se um peso para a sociedade na medida em que não consegue um emprego ou fica desempregado, ou se envolve em atividades marginais criminais e vai para o sistema correcional do estado, o que significa maiores gastos para a sociedade. Portanto o analfabetismo não afeta somente o indivíduo, mas toda a comunidade.

A alfabetização é um processo que dura toda a vida, se entendermos como esforço de domínio da leitura e da escrita . Começa em nossa infância quando ouvimos canções de ninar e histórias contadas e nosso aprendizado continua quando lemos bons livros e define quem somos e em que nos tornamos. Por isso, especialistas recomendam que uma criança deve ter diariamente 20 minutos de leitura com sua mãe, seu pai, ou sua avó ou tios.

Os professores Lilian e Valdir contaram vários casos de sucesso de alunos que se alfabetizaram e conquistaram maior autoestima e cidadania.

Se você conhece alguém que tem 16 anos ou mais, não importa a idade, ajude a encaminhá-lo a uma escola estadual mais próxima ou ligue para: 3382-6162 / 3634-1623 - na Documentação Escolar do Estado no município.

Se você quer ser um alfabetizador, precisa ter pelo menos 18 anos e concluído o ensino médio. É desejável que tenha o curso de magistério.
As próximas turmas serão formadas até 31 de março/2010

Deixamos aqui os emails dos professores coordenadores do programa e algumas referências sobre o assunto tratado:

lian.rocha@gmail.com
valdirduria@yahoo.com.br

http://www.paranaalfabetizado.pr.gov.br/
http://www.byub.org/LivingEssentials/files/144AdditionalResources.pdf

10.03.2010 - homenagem às mulheres

Reunimos as três organizadoras do exitoso evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que aconteceu na Câmara dos Vereadores de São José dos Pinhais, no dia 8 de março, com um público de mais de 250 pessoas. São elas: Maria da Graça Wolf, Presidente da UNAM-União das Associações de Moradores de S. J. Pinhais; Gisele Schmidt, representante da UBM-União Brasileira de Mulheres e Neide Setim, presidente do Instituto MMAIS.

Veja algumas fotos do evento:


Elas avaliaram como muito positivo o evento, tanto no número do público presente, quanto pelo debate que aconteceu sobre a Lei Maria da Penha, com boa participação através de comentários e perguntas por parte do público presente.O evento também teve o mérito de reunir mulheres de partidos políticos e classes sociais diferentes, em harmoniosa convivência e buscando propostas comuns. As três representantes manifestaram o desejo de promover mais encontros de debates com as mulheres.

Durante o programa conversamos sobre as questões que envolvem a emancipação feminina e nossas entrevistadas contaram como conciliam profissão, trabalho doméstico, marido, filhos.

Queremos fazer uma homenagem a todas as mulheres, através deste poema de Cora Coralina, ela própria um exemplo de vida para todos nós.

Assim eu vejo a vida,
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretãs (1889-1985) foi uma poeta e contista brasileira.

Mulher simples, doceira de profissão, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás. Foi ao ter sua poesia conhecida por Carlos Drummond de Andrade que Ana, já conhecida como Cora Coralina, passou a ser admirada em todo o Brasil.
Senhora de poderosas palavras, não teve oportunidade de estudar, cursando somente até a quarta série do primário.

Publicou seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás, em 1965, quando tinha 75 anos de idade.

FUERZA CHILE!

saludos y solidariedad aos nossos amigos ouvintes do Chile, pela tragédia do terremoto que estão vivendo. Fuerza a todos. Nossa presidente, Neide Setim tinha uma viagem marcada no dia 21 de março para o Chile, acompanhando o Dep. Federal Luiz Carlos Setim, que iria representando o legislativo federal, numa visita de intercâmbio entre a nossa cidade e a cidade de Los Angeles, que fica justamente na região do Bio-Bio, um dos lugares mais atingidos pelo terremoto. Estamos acompanhando as notícias e orando por vocês.

3.03.2010 - saúde é estilo de vida

Dr. Anielo Andraus Dumond Prado é voluntário do Instituto MMAIS e foi o nosso convidado para falar sobre saúde. Natural de Uberlândia, formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná. Trabalhou até há uns meses atrás em São José dos Pinhais como Médico da Família, na Secretaria Municipal de Saúde.

Perguntamos para o Dr. Anielo sobre quais as doenças que mais matam e como prevenir? Ele respondeu que são as doenças cardiovasculares (doenças cardíacas, AVC), cujos fatores de risco são: vida sedentária, obesidade, arterisclerosis, cigarro, colesterol alto, causados pelo estilo de vida moderno: ingestão de muita gordura, açucar, poucas frutas e verduras pouco ou nada de exercício físico.

Todos nós "sabemos" disso, a informação não é nova, mas sempre é bom sermos lembrados. Concluimos que uma vida de melhor qualidade depende de nós mesmos. Dr. Anielo ainda defendeu a importância da educação na prevenção de doenças – pais são modelos de dieta alimentar e exercícios – mas disse que só isso não basta: é necessário um esforço governamental com políticas públicas consequentes e a soma de esforços de todos os setores da sociedade para uma vida mais saudável.

Agradecemos ao Dr. Anielo pela sua colaboração.