23 de dez. de 2009

a mensagem que deixamos no programa do dia 23.12.09


Este foi o último programa de 2009 - estaremos de recesso e férias e voltaremos em fevereiro. Agradecemos a sua atenção e até a volta!

Abraçando a imperfeição!
Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
"Querida, eu adoro torrada queimada."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
"Companheiro, sua mãe teve hoje, um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro!"


Aceitar as falhas alheias, relevando as diferenças entre uns e outros, é uma chave importante para criar relacionamentos saudáveis e duradouros entre marido e mulher, pais e filhos, e com amigos.

Em nome da presidente do Instituto MMAIS, d. Neide Setim, desejamos que neste Natal nossos espíritos possam ser renovados com novas experiências: um reviver da fé, da esperança e do amor. Que possamos voltar nossos olhos a Ele, que é a Luz do Mundo, para manter firmes nossa luz mesmo quando os dias forem escuros. E que no Ano Novo possamos ser mais tolerantes, pacientes e amorosos uns com os outros.

23.12.2009 - entrevista com a Rose do Bambu


(Na foto, da esquerda para direita, Rosmari Araujo - nossa convidada, Rosângela Mazzaro - secretária do Instituto MMAIS e Lauro Teles - radialista que nos ajudou na operação do som)

Um dos focos do Instituto MMAIS é o apoio ao empreendedor, por isso convidamos a empreendedora Rosmari Araujo, a Rose do Bambu, presidente da Companhia do Bambu, para conversar conosco. Nos cinco anos de existência, a Companhia do Bambu, sediada no bairro São Marcos, já vende fora de Curitiba e até para o exterior. É uma associação de artesãos especializados em fibra natural, produzem de maneira sustentável e são autossuficientes. O maior orgulho deles é que não dependem mais de cesta básica para se alimentarem, podem comprar seu próprio alimento com o dinheiro ganho da venda do artesanato. Rose contou como a Companhia do Bambu foi criada e fez uma homenagem aos mestres Zé do Bambu e Guilhermo e também aos seus parceiros, especialmente à Marina Lupion, mestre em Tecnologia pela UTFPR e ao arquiteto Henry Cunha, voluntários na Companhia do Bambu. Aliando conhecimento popular e acadêmico, eles têm realizado trabalhos interessantes e criativos. Um desses trabalhos ganhou o primeiro lugar no projeto de Presépios do concurso do Shopping Estação. O trabalho está exposto no segundo andar do Shopping e agora está dependendo do número de votos que você pode dar até o dia 3 de janeiro, para que ela possa ser a vencedora do concurso. Na exposição não tem o nome do autor no trabalho, mas o da Companhia do Bambu é o único confeccionado em bambu e fibras naturais.

Para contatos com a Companhia do Bambu: (41)9621-2442 e (41) 4111-1221

22 de dez. de 2009

As resoluções de um novo ano


No início de um novo ano nos sentimos animados para tomar algumas resoluções.
Resoluções são promessas que fazemos a nós mesmos.
Infelizmente, às vezes não conseguimos realizá-las.
Talvez o que nós precisamos é um pouco mais de paciência. Como foi o caso do paranaense Waldemar Niclevicz, o primeiro brasileiro a escalar com sucesso o Monte Everest.

No dia 14 de maio de 1995, Niclevicz chegou no topo do cume nevado do MonteEverest, que tem 8.848m de altitude.
Quatro anos antes ele fizera uma tentativa que falhou por causa de mau tempo, apenas a 300 metros do cume.
Ele também foi o primeiro brasileiro a repetir a façanha 10 anos depois. Foi através da perseverança, paixão e disciplina que ele conseguiu superar os desafios físicos extremos e realizar o seu sonho.

Essa notável realização é um lembrete para nós que algumas resoluções levam muitos anos para se concretizarem.
Nossos desafios não são feitos de rocha e neve, mas assim como um alpinista, nós precisamos planejar a rota e trabalhar passo a passo o caminho para chegarmos ao ponto máximo de nossas realizações.
Se desanimarmos no caminho, que possamos fazer uma pausa para respirar, mergulhar dentro de nós mesmos para encontrarmos a determinação para seguir adiante. Assim, mesmo as maiores dificuldades serão vencidas pela poderosa determinação de chegar ao cume.

Nós, do Instituto MMAIS, desejamos que 2010 seja um ano de grandes realizações para você!



Referência: http://www.niclevicz.com.br/pag21.php

17 de dez. de 2009

História das Canções famosas de Natal - II

Noite Feliz
Há muitas versões sobre a origem deste cântico de Natal. Todos concordam que foi o produto dos esforços unidos de Joseph Mohr e Franz Gruber. No livro, “The Story of Our Hymns”, Armin Haeussler faz o seguinte relato:

“A origem deste cântico de Natal não é tão dramática como alguns escritores de história, hinologistas e os autores dos onze dramas baseados neste cântico teriam feito alguém acreditar. Nossa autoridade é o Dr. Max Gehmacher, autor de “Stille Nacht, Heilige Nacht”, publicado pela Verlag “Das Weihnachtslied, wie es enstand um wie es wirklich ist”.

Gehmacher é parente de Gruber, o compositor do cântico.
De acordo com Gehmacher, o órgão da Igreja de São Nicolau em Oberndorf na seção Alpina da Áustria deixou de funcionar em 24 de dezembro de 1818. O Padre Joseph Mohr, sacerdote assistente da paróquia, imediatamente decidiu escrever um novo cântico para a ocasião, esperando que Franz Gruber, o organista e professor da escola da cidade, arranjasse a música. A necessidade é algumas vezes a mãe da inspiração, e isto foi experimentado por ambos, Mohr e Gruber, naquele dia, quando faltavam apenas poucas horas para o serviço da véspera de Natal. Ele foi escrito para duas vozes e guitarra (Zupfgeige); de outra fonte aprendemos que Mohr cantava o tenor, enquanto Gruber cantava o baixo e executava o instrumento.

Este cântico apareceu primeiro no “Leipziger Gesangbuch” em 1838. Foi usado primeiramente pelas congregações de língua alemã na América. Apareceu no “Devotional Harmony”, uma compilação Metodista, em 1849, e em “Sunday School Hymnal” de Charles L. Hutchins, em 1871. Ninguém parece conhecer de onde veio a tradução inglesa comumente usada.

História das Canções famosas de Natal - I

Dando sequência nas histórias das canções famosas de Natal, contamos como foi a criação de Holly Night e Noite Feliz:

Holly Night (Noite Santa/ Cantique du Noel) é um dos hinos de Natal mais amados de nosso tempo, mas a maioria das pessoas nunca ouviu falar da curiosa história de como ele surgiu.

Em 1847, um pároco de uma pequena vila francesa, pediu a um poeta Amador, Placide Cappeau, para escrever um poema para a missa de Natal. Cappeau era conhecido mais por dedicar-se aos negócios do que à igreja, mas ele se sentiu honrado pelo pedido e aceitou.

Uma vez terminado, Cappeau sentiu que seu poema era uma canção e então, ele fez contato com um compositor parisiense, Adolphe Adam, que aceitou musicar o poema.
Alguns anos depois, nos Estados Unidos, a canção foi descoberta por John Dwight, editor da Revista de Música Dwight, que traduziu a peça para o inglês.

Estas três personalidades – escritor, compositor e tradutor – formaram um trio interessante. O escritor, Placide Cappeau, tornou-se mais interessado em política do que religião. Adolphe Adam, o compositor deste clássico entre os hinos de Natal, era descendente de judeus. E John Dwight, o tradutor, era um pastor religioso que, tomado de ataque de pânico, nunca falou em público e voltou-se à música para expressar sua devoção. Juntos, estas três pessoas muito diferentes entre si, criaram um obra prima que tem emocionado e inspirado milhões.

Quando Placide Cappeau escreveu as palavras de seu poema, ele tentou imaginar como deve ter sido aquela santa noite do nascimento de Jesus. Ao faze-lo, as palavras fluíram. Assim também nós, se procurarmos compreender o significado daquela noite sagrada, descobriremos um amor forte suficiente para desfazer diferenças. Aprendemos que apesar de nossas diferentes crenças e passados, podemos trabalhar juntos para criar algo belo e duradouro, e cada vez que assim fazemos, nós trazemos o mundo mais perto de uma “nova e gloriosa manhã”.

Natal e Serviço Voluntário - 16.12.2009


Nossas convidadas foram Ângela Gomes de Oliveira e Marlene José dos Santos. Ambas são voluntárias como dirigentes de coral: Ângela na Escola Municipal Antonio Rios, no Afonso Pena e a Marlene no Coral Os Canários da Paz, do bairro Quissisana. Contamos também com a ajuda voluntária do Laurinho, na mesa de som. Agradecemos a cada um pela contribuição no programa.


É significativo como as pessoas realizam mais trabalho voluntário na época de Natal através de doações e generosidades – isso acontece quando nos preocupamos mais com as necessidades dos outros do que com as nossas e então compreendemos o quão generoso Deus tem sido conosco. Já aconteceu com você de ao ajudar alguém, descobrir que foi inspirado a dar justamente o que a pessoa mais precisava naquele exato momento? Esta é a confirmação de que Deus conhece todas as nossas necessidades e que Ele conta conosco para atender às necessidades das pessoas ao nosso redor.
O Natal nos faz lembrar-nos Dele e de Sua infinita generosidade – essa lembrança nos ajudará a sentir e a seguir a inspiração de que há pessoas que precisam de nossa ajuda, e ao ajudar alguém, sentiremos grande alegria; e também fará com que vejamos a mão de Deus estendida para nós quando Ele enviar alguém para socorrer-nos.

9 de dez. de 2009

A história por trás das obras primas - Messias de Handel

Pegando o gancho do assunto do programa: dinheiro, dívidas, trouxemos a seguinte história sobre a oratória mais famosa de Handel.

Em 1741, doente e desprestigiado, o compositor George Frideric Handel aceitou o convite para ajudar a levantar dinheiro para três instituições de caridade de Dublin, Irlanda, através de apresentações musicais. Em 22 de agosto, com 56 anos, isolou-se na sua casa em Londres e em apenas 23 dias completou as 260 páginas do oratório.

A obra é uma narração da vida de Jesus Cristo, por isso Handel chamou seu oratório de Messias, tornando-se a sua mais famosa criação e uma das mais populares obras corais da literatura ocidental. Sem dúvida, esta brilhante obra prima tem emocionado e inspirado ouvintes desde a época de Handel até os nossos dias.

Mas a obra de Handel tem feito mais do que simples prazer para os ouvidos. A primeira apresentação em Dublin, em 13 de abril de 1742, arrecadou cerca de R$1.200,00 e tirou da cadeia 142 homens que estavam presos por causa de dívidas. Nas apresentações que se seguiram, os organizadores dos concertos beneficentes solicitavam às damas para evitarem comparecer com a saia rodada para ter mais espaço na sala aos patrocinadores e arrecadar mais dinheiro em favor dos pobres.

Nos anos seguintes, Handel fez várias revisões do oratório e regeu muitos concertos do Messias em favor do London Foundling Hospital, pelas pessoas sem teto e pelas crianças abandonadas. Com justiça, um dos biógrafos do século 18 escreveu: “Esta grande obra tem sido ouvida em todas as partes do reino com grande reverência e deleite; tem alimentado os famintos, vestidos os nus, favorecido os órfãos.”

Esta história de fazer o bem aos necessitados continua a seguir o Messias de Handel. Ele tem sido cantado e encantado mais pessoas hoje do que em qualquer outra época. Mas não é somente a qualidade musical da obra que a faz uma obra prima. A sua mensagem nos inspira a levantar os joelhos caídos ou a carregar o fardo do outro, especialmente depois de ouvir o Aleluia, quando em nossos corações ressoam as imortais palavras: “paz na terra, boa vontade a todos os homens”, porque nós podemos fazer mais do que cantar ou ouvir, nós podemos colocar essas palavras em prática.

4 de dez. de 2009

!!! como otimizar o seu dinheiro!!!

Nosso convidado do dia 9 de dezembro, foi o gerente de relacionamento da Caixa Econômica Federal e consultor financeiro, Sr. Marcos Oliveira Santos.
Nós conversamos sobre:
- a maneira inteligente de utilizar o 13º salário
- planos para não perder dinheiro ou como fazer render o seu dinheiro
- dívidas
- poupança


Para conhecer a cartilha sobre Educação Financeira da Caixa, este é o endereço:
http://www1.caixa.gov.br/Download/asp/download.asp?subCategId=673&CategId=127&subCateglayout=Cartilhas&Categlayout=Educação%20Financeira

2.12.2009 - mensagem do dia: "o que você fez por alguém hoje?"


Foto: Dr. Jack McConnel, 89 anos, médico aposentado.


Neste mês de dezembro, quando os corações se abrandam mais, deixaremos uma mensagem em cada programa. Esta é a mensagem do dia 2/dez/2009:


"Há poucos anos, li um artigo escrito por Jack McConnell, médico.
Ele foi criado nos montes do sudoeste da Virgínia, nos Estados Unidos, sendo um dos sete filhos de um ministro metodista e uma mãe dona de casa.
A família vivia em condições muito humildes. Contou que, em sua infância, diariamente, quando a família se sentava à mesa de jantar, o pai perguntava a cada um: “E o que você fez por alguém hoje?”

Os filhos estavam determinados a fazer algo de bom todos os dias, para poderem contar ao pai que haviam ajudado alguém. O Dr. McConnell diz que essa prática foi o legado mais valioso deixado por seu pai, porque aquela expectativa e aquelas palavras inspiraram tanto ele como seus irmãos a ajudarem as pessoas por toda a vida. À medida que cresceram e amadureceram, sua motivação para prestar serviço se transformou no desejo íntimo de ajudar o próximo.

Além da expressiva carreira médica do Dr. McConnell — na qual ele dirigiu o desenvolvimento do teste tuberculínico, participou do início do desenvolvimento da vacina contra poliomielite, supervisionou o desenvolvimento do Tylenol e contribuiu para o desenvolvimento da imagem por ressonância magnética — ele também criou uma organização chamada Voluntários da Medicina, que proporciona aos profissionais aposentados da área médica a oportunidade de servir como voluntários em clínicas gratuitas que dão atendimento a trabalhadores sem plano de saúde.

O Dr. McConnell disse que, desde a aposentadoria, seu tempo livre evaporou numa semana de 60 horas de trabalho não remunerado, mas que agora tem muito mais energia e satisfação na vida do que antes. Ele declarou: “Num dos paradoxos da vida, ao servir com os voluntários da medicina, acabei me beneficiando mais do que meus pacientes”. Existem hoje mais de 70 dessas clínicas espalhadas por todos os Estados Unidos.

É claro que nem todos podemos ser um Dr. McConnell e abrir clínicas médicas para ajudar os pobres. No entanto, há pessoas necessitadas em toda parte, e todos nós podemos fazer algo para ajudar alguém." (Thomas S. Monson, Conferência Geral, outubro 2009)

a declaração de missão dos Voluntários da Medicina:

"May we have eyes to see those rendered invisible and excluded, open arms and hearts to reach out and include them, healing hands to touch their lives with love, and in the process, heal ourselves."

(Que tenhamos olhos para ver os invisíveis e excluidos, abrir os braços e corações para alcançá-los e incluí-los, extendendo as mãos de cura para tocar suas vidas com amor e neste processo, curar a nós mesmos.)


Se você quiser saber mais:
http://www.encyclopedia.com/doc/1G1-125989886.html

2.12.2009 - Alfabetização de Adultos



Convidamos a prof. Irene Cim, representando a Secretaria de Estado da Educação e a prof. Márcia Dacko, da coordenação local do Paraná Alfabetizado para conversar sobre a alfabetização de adultos pelo programa Paraná Alfabetizado. Trata-se de uma ação do governo do estado, em parceria com o governo federal (Brasil Alfabetizado), prefeituras e outras organizações civis, para dar oportunidade às pessoas com mais de 15 anos, de ter acesso à leitura e escrita. São oito meses de aula, 10h semanais, com professores selecionados através de editais do governo do estado.

Para saber mais, acesse:
http://www.diaadia.pr.gov.br/paranaalfabetizado/

A professora Marcia Dacko nos contou que, pelos dados da Secretaria de Estado de Educação, em São José dos Pinhais restam somente 400 pessoas analfabetas. Contou também que uma das primeiras coisas que o aluno formado faz é trocar a carteira de identidade com suas digitais por uma com sua assinatura.
A formatura de 15 turmas de alfabetização é no dia 4 de dezembro, às 19h, na Câmara Municipal.

Fomos à casa da alfabetizadora, prof. Eraci Salete Pereira, do Jardim Fátima e conversamos com ela e mais 5 alunos: Luzinete, Constantina, Rosa, Maria José e Estevam.
Luzinete (40 anos) disse que relutou em estudar, mas através de incentivos, fez e valeu a pena; Constantina (68) está feliz porque pode agora ler a Bíblia; Maria José (73) é vendedora e aprendeu a anotar melhor os pedidos (antes faltava letra) e também a fazer contas; Sr. Estevam(78) disse que não saber ler é como ser cego; Rosa (50) não conseguiu terminar o curso porque seu marido ficou doente, mas deixou um depoimento que todos devemos voltar aos bancos da escola. São lições de vida.